Não só pelo valor histórico, mas por ser singular.
Não tenho conhecimento de outro parecido, com essa singular experiência.
Imagina você ser uma criança e ter que se esconder do horror, da maldade, do genocídeo, enfim, de Hittler. Se esconder e, por diversas ocasiões, não poder fazer barulhos quaisquer, tipo tossir, andar, dar descarga, etc. Sim, eles viveram sobre uma casa comercial, na qual alguns funcionários não sabiam de sua existência "lá encima".
Além do valor histórico, você relativiza a vida. Se você, que está lendo, tem uma vida sem grandes agruras, levante a mão para o céu. Se você passou uma infância confortável, e esta aí até hoje, agradeça.
Anne relata o seu dia a dia, o de seus familiares e alguns outros, durante o tempo em que ficaram escondidos. Muitas vezes em sua inocência de criança (ainda bem) ela relata até períodos de felicidade. O ser humano se acostuma mesmo com (quase) tudo. Por óbvio o livro é um pouco repetitivo, mas isso não retira seu mérito.
É legal ver os conflitos gerados pela convivência forçada dos que ali estão, e ver a própria Anne crescendo e amadurecendo.
A minha geração não viveu o holocausto, só podemos imaginar o horror. O livro não trata diretamente do holocausto, é realmente um diário, um pedaço da vida dessa garotinha, que infelizmente não conseguiu escapar desse horror. Foram descobertos pouco antes da guerra acabar. Foram levados e o diário ficou no esconderijo.
A Anne, sua mãe e irmã foram mortas nos campos. Seu pai sobreviveu. Tem uma foto do Otto visitando o esconderijo após a guerra. É a imagem da tristeza.
Enfim, Leiam! É marcante, é obrigatório!
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