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1808 de Laurentino Gomes


Pois é, mais um de história. Depois deste preciso de uma ficção ou romance pra relaxarr!

" Foi o único que me enganou."
Napoleão Bonaparte, nas suas memórias escritas pouco antes de morrer no exílio da Ilha de Santa Helena, referindo-se a D. João VI, rei do Brasil e de Portugal.

Com o livro 1808, Laurentino ganhou o Jabuti, considerado o mais tradicional prêmio de literatura do Brasil, em duas categorias: de melhor livro-reportagem e de livro do Ano de não ficção. A obra recebeu também o prêmio de Melhor Ensaio, Critica ou Historia Literária de 2008 da Academia Brasileira de letras. Ainda lendo...

Agora é fácil perceber como um príncipe inseguro, bonachão e de caráter duvidoso, uma corte corrupta e uma rainha louca conseguiram instalar durante séculos esse clima de "jeitinho", corrupção e safadeza nesse país.

Comparo o início de nosso país a uma criança que vai sendo moldada com o que aprendeu. Pois é, quem vê seus pais fazendo bosta, acha que é normal e permitido. Deu no que deu, ou melhor, está dando...

Da raiva de ver como a corte conseguiu corromper ainda mais o Brasil. Vieram, se instalaram, sugaram, roubaram e foram embora. E o pior é que ensinaram muito bem aos que ficaram.

Fora essa raiva no coração, o livro apresenta muitos fatos curiosos da época: costumes, relações entre a corte e o povão, o povão e o Rei, algumas características curiosas dos personagens que moldaram o país, etc. É um livro de história, mas não aquela que aprendemos na sala de aula. Vale a leitura.

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