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Mostrando postagens de 2010

The doors por The doors - Ben Fong-Torres

Tava sumido, mas tô de volta. Enrolei, enrolei e li pouco esse período, mas agora tô de volta! Bom, pra quem me conhece sabe que gosto muito da The doors, mas vou tentar retirar esse viés da resenha....será que dá? Já li alguns livros sobre a banda, mas esse inova. Primeiro porque é na forma de entrevistas. Tem textos narrativos no meio tb, mas servem mais pra contextualizar uma entrevista. Além disso, tem entrevistas com o pai, irmão e irmã de Jim. Isso é essencial para ajudar a quebrar a imagem, formada pelo filme - principalmente - e a mídia, de que Jim abandonou a família, nunca mais quis ver, visitar, etc. Não vou contar aqui, mas essa relação é bem diferente do que ventilam por aí. As demais entrevistas são com os diversos atores que participaram da formação da banda, desde primeiros integrantes até empresários e amigos próximos. Só uma curiosidade: o irmão de Ray fez parte da banda, mas saiu porque "não estava dando certo", acho que depois ele teve vontade de se

1808 de Laurentino Gomes

Pois é, mais um de história. Depois deste preciso de uma ficção ou romance pra relaxarr! " Foi o único que me enganou." Napoleão Bonaparte, nas suas memórias escritas pouco antes de morrer no exílio da Ilha de Santa Helena, referindo-se a D. João VI, rei do Brasil e de Portugal. Com o livro 1808, Laurentino ganhou o Jabuti, considerado o mais tradicional prêmio de literatura do Brasil, em duas categorias: de melhor livro-reportagem e de livro do Ano de não ficção. A obra recebeu também o prêmio de Melhor Ensaio, Critica ou Historia Literária de 2008 da Academia Brasileira de letras. Ainda lendo... Agora é fácil perceber como um príncipe inseguro, bonachão e de caráter duvidoso, uma corte corrupta e uma rainha louca conseguiram instalar durante séculos esse clima de "jeitinho", corrupção e safadeza nesse país. Comparo o início de nosso país a uma criança que vai sendo moldada com o que aprendeu. Pois é, quem vê seus pais fazendo bosta, acha que é normal e p

UMA BREVE HISTÓRIA DO MUNDO de Geofrey Blainey

O livro começa com o surgimento do homem. Seus primeiros registros, ou melhor, nossos primeiros registros na África e a expansão pelos outros continentes (época ainda em que os continentes eram juntos). Interessante a forma como tomamos conta do globo, quase que por acaso.  Há uma análise de como as civilizações foram formadas. Curiosidades sobre a primeira roda, veículos puxados por animais e outros. Legal é que fala das grandes civilizações contemporâneas. Roma conviveu com grandes civilizações asiáticas, e provavelmente nem sabia da existência delas. E vice-versa. Interessante isso. Estudamos em História uma e outra, mas não percebemos que elas coexistiram, assim como Buda e Confúcio, que foram contemporâneos. Há momentos em que ele fica chato, descritivo demais, mas vale a pena, principalmente pelas análises e relações que o autor faz das sociedades em formação, civilizações, formação das riquezes e etc. Como foi a leitura? A leitura é tranquila, mesmo percebendo que ás vezes a

PERGUNTE AO PÓ de John Fante

John Fante faz parecer que escrever é fácil. De fato, é. Só que pra ele. O autor vai direto ao ponto ao tratar dos medos, ansiedades e receios de seu principal personagem desta história. Bandini é um personagem nada simples, que nada tem de "chapado", e ao mesmo tempo parece aquele seu amigo comum que está atrás do sucesso. Mesmos problemas, mesmos medos, gafes, e pecados. Além de Bandini, há outros personagens "não chapados". A sensação é que cada um deles teve um passado até então, dá pra sentir que algo os levou até ali, até aquele ponto da narrativa. A sensação é de que cada personagem daria um livro independente. Uma leitura dinâmica que conta a história de um garoto atrás do sucesso literário, mas que no fundo fala da vida, do dia a dia, de amizades, de amores. Muito bom, vale a pena! Caso queira, deixe seu comentário ou crítica.

CAIM de Saramago

A escrita de Saramago é diferenciada, há quem não goste, mas são poucos. Confesso que no início fiquei meio perdido, não conseguia diferenciar o que era narração do autor, do persongem ou falas. Bom, pode ser que eu seja mais lento mesmo, tudo bem, me conformo. No entanto, quando se aprende a lê-lo, putz...Genial. Bom, sobre o livro: Caim passa por várias histórias bíblicas, mesmo que ele não tenha nada a ver com o episódio. Se você já leu ou ouviu falar das principais passagens, ou histórias, como queira, da bíblia, vai perceber que o personagem incorpora a voz comum, a voz do curioso, a voz do povo, que nesse caso não é a voz de Deus. O livro é uma espécie de releitura surreal de episódios discorridos no livro sagrado. Caim questiona Deus o tempo todo e tenta por a culpa dos seus pecados no Todo Poderoso. Ou seja, a culpa dos pecados da humanidade é de Deus. Por que Ele deixa certas coisas acontecerem? Por que pede tantos sacrifícios? Caim encarna a voz do Ateu (autor?). Leia,