Sobre livros e mais

 Livro técnico. Perece que não, mas é. Refere-se à psicologia. Às vezes é técnico demais. Às vezes não, na maior parte do tempo é técnico. Se não me engano o autor ganhou Nobel com essas pesquisas. É interessante porque você identifica claramente que em alguns momentos seu cérebro te engana. Explica  o dizer "a primeira impressão é a que fica", se não me engano é o efeito "ancôra", ou o efeito "ralo"...agora não lembro mais. Contraria o indivíduo racional que a teoria econômica sempre colocou à frente nas tomadas decisões (pelo menos aprendi assim na faculdade). Na verdade o agente econômico toma decisões irracionais muiiiiitas vezes, então esse indivíduo racional da teoria econômica tradicional na verdade não existe (?). Enfim, é um livro técnico na maior parte do tempo. É interessante se você tiver disposição, porque é enfadonho muitas vezes. 

  Trata-se de uma pequena biografia do maior investidor pessoa física da Bolsa de Valores brasileira. Pra quem gosta do mercado de ações, como eu, vale a pena a leitura. Da infância podre, o Barsi se tornou um invetidor bilionário. Ele fala sobre o mercado, suas experiências nele, mas fala muito de sua vida pessoal também. Gostei.

 É uma dívida enorme que a gente tem com os negros, essa é a minha opinião. Já pensou separar mãe de filhos, marido de mulher, irmãos, e ainda ser tratado como bicho, enfim, crueldade pura. Esse livro pega a parte até quase a lei áurea. Interessante demais quando fala de Chica da Silva, que de fato existiu, mas não como foi ou é muitas vezes retratadas nas novelas e séries. Fala da forma como os negros se organizaram e fizeram redes de relacionamento, até mesmo com o seus senhores, para sobreviver ao martírio que a eles foi  imposto. Quem pretende ir a Ouro Preto, a casa que a Chica da Silva viveu, agora é um museu, acho. Eu já fui a Ouro Preto, mas não sabia disso, portanto não visitei, pretendo voltar. Vou comprar o terceiro e último escravidão pra fechar o ciclo. O final do livro é o começo de nosso Brasil de "meu deus", com a captura do Estado pelos grupos de interesse, pratica que predomina até hoje.